quinta-feira, 10 de abril de 2008

Livros: a quem pode interessar?...

As cores, brilhos e imagens em movimento exercem seu fascínio e o que vemos, finalmente, é um verdadeiro processo de ‘adoção’ das crianças pela TV. Capturada sua atenção, estabelecida a rendição, o que se passa na telinha vai se tornando cada vez mais familiar, compreensível, vai adquirindo sentido e se transforma em um currículo, mais poderoso do que a escola. É assim que suas subjetividades passam a ser conformadas por este artefato. COSTA, Marisa Vorraber. Ensinando a dividir o mundo; as perversas lições de um programa de televisão. Revista Brasileira de Educação, n. 20, maio/Jun/Jul/ago 2002.
... foi assim que encontrei as crianças na manhã de quarta-feira (0904) assistindo a um desenho da Disney.
Fiquei pensando nessa concorrência e de que maneira elas podem ser usadas a favor, só descobrindo esse universo onde eles se inserem é que podemos constituir modelos representativos e identificativos, como é o caso da procura pelos livros do Castelo Rá-tim-bum e do Babar.
Levar em consideração ainda, seus universos históricos-individuais, as histórias que ouvem e participando ou não alimentam seus imaginários.
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Esse seria também o dia de devolução dos livros à Biblioteca Pública, devido a falta de uma das monitoras, fui apenas com duas meninas. Uma delas, 15 anos, era a primeira vez que entrava em uma biblioteca. Ela escolheu dois livros infantis, embora não saiba ler, disse-lhe que o contato com a escrita vai facilitar a sua descoberta... (vamos ver) A outra menina gostaria de levar um livro grande e pesado, parecia que a forma interessava mais que o conteúdo... Mas quando foram apresentados diversos, decidiu por não levar, afinal não havia ali livros de seu interesse.

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