terça-feira, 24 de março de 2009

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pequeno Poema Didático

O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconseqüente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre…
Todas as horas são horas extremas!
Mário Quintana

Diálogos de Infoeducação Convida: Lesley S. Farmer


Sobre a palestrante:
Dr. Lesley Farmer, Professor at California State University Long Beach, coordinates the Librarianship program. Dr. Farmer has worked as a library media teacher in K-12 school settings as well as in public, special and academic libraries. She chairs the Information Literacy SIG of the International Association for School Librarianship, chaired the Educators of Library Media Specialists Section of AASL, and is incoming chair for the Education Section of Special Libraries Association. Dr. Farmer is a frequent presenter and writer for the profession. Her latest books include Collaborating with Administrators and Educational Support Staff (Neal-Schuman, 2006) and The Human Side of Reference and Information Services in Academic Libraries (Chandos, 2007).

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fórum sobre Infoeducação


Colabori
(CBD- ECA/USP)
CONVIDA
FÓRUM DE INFOEDUCAÇÃO
APRENDIZAGENS INFORMACIONAIS E LEITURA

CONVIDADO: Prof. Dr. Max Butlen* (Université Cergy-Pontoise-França)
Data: 20 a 23 de outubro de 2008

* Max Butlen é Vice-Diretor do Instituto de Formação de Professores de Versailles; foi também vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Pedagógicas e um dos responsáveis pelo Programa de Implantação de Bibliotecas Escolares, na França, na gestão de F. Mitterrand. No período 1994-98, foi representante do governo francês, no Projeto Pró-Leitura (MEC/Ministério de Relações Exteriores da França).

Em iniciativa do Colabori - Colaboratório de Infoeducação - do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, pesquisadores, estudantes e profissionais do Brasil e da França estarão reunidos para compartilhar experiências em políticas de informação, educação e leitura, com o objetivo de aprofundar reflexões sobre o conceito de aprendizagens informacionais.

Confira a programação e participe! Entrada gratuita.

20/10/08
(2ª feira)
9h
: Abertura oficial - Assinatura de declaração de interesse em parceria Colabori/USP e Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein tendo em vista desenvolvimento de Estação do Conhecimento Laboratório, na Comunidade de Paraisópolis
10h30 – 12h00: Palestra- Prof. Dr. Max Butlen: "Leitura - expropriação e apropriação cultural"

Casa da Criança de Paraisópolis:
Rua Manoel Antonio Pinto, 210 - Paraisópolis

21/10/08
(3ª feira)
9h às 12h
: Palestra - Prof. Dr. Max Butlen:
"Leitura em Rede: a importância das redes de mediação de leitura". Debatedor: Prof. Dr. Edmir Perrotti (ECA/USP)
Auditório Lupe Cotrim / ECA – USP. Av. Prof. Dr. Lúcio Martins Rodrigues, 443 – Cidade Universitária São Paulo – SP

23/10/08
(5ª feira)
14h às 16h
: Palestra - Prof. Dr. Max Butlen: "Políticas de Informação e de Leitura na França: 1980-2000"
Debatedor: Prof. Dr. Edmir Perrotti (ECA/USP)
Mediadora: Profa. Dra. Ivete Pieruccini

Auditório Lupe Cotrim / ECA – USP. Av. Prof. Dr. Lúcio Martins Rodrigues, 443 – Cidade Universitária São Paulo – SP
Realização: Colabori / ECA – USP/CBD/ECA-USP/ PPG-CI/ECA-USP
Apoio: Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein, Comissão de Cultura e Extensão Universitária / ECA-USP e Editora Paulinas.
Mais informações:
www.colabori.blogspot.com

quinta-feira, 31 de julho de 2008

... e quem vai dizer "tchau"

Hoje chegando ao abrigo encontrei algumas crianças e monitoras chorando, irritadas e bravas com o fato de “03 tias” terem deixado o Abrigo - é que o contrato delas havia vencido e agora a Prefeitura deveria contratar outras. Neste caso podemos imaginar o Abrigo como mais um departamento dentro da Prefeitura, regido pelo seu sistema burocrático, difícil é explicar isso para crianças e adolescentes de 00 a 18 anos.
Pensei nesse momento sobre aquela idéia de estabelecer ou não vínculos com essas crianças, mas verificando sobre esse conceito, não vejo como haver mediação cultural dialógica sem o estabelecimento de vínculos.
Vínculo é definido por Pichon-Rivieré como "uma estrutura complexa que inclui um sujeito, um objeto, e sua mútua interelação com processos de comunicação e aprendizagem." Segundo essa teoria o homem é um ser-em-relação, ou seja, está envolvido numa estrutura dinâmica e movido por motivações em campos externo e interno a si. A aprendizagem se situa num jogo contínuo entre esses campos onde o vínculo contém em si a contradição da permanência – uma identidade ou uma dinâmica própria – e, da transformação constantemente – por conta dos papéis que as pessoas têm em suas histórias indivíduais e sociais integradas em tempo e espaço.
Esse foi o momento que presenciei, mas como trabalhar a desvinculação? Penso que uma das respostas possa estar na transformação, enquanto crescimento emocional, psicológico e intelectual não só das crianças e adolescentes que ali ficaram como também dos monitores. Assim como há um “aquecer” no processo de estabelecimento de vínculos, deverá haver também esse "aquecer" para a desvinculação, ou seja, as pessoas envolvidas se preparam para esse momento, como numa estação, os que vão ficar acenando “tchau” e os que vão...
Faz parte da vida ficar e partir, mas é preciso sabedoria tanto para ficar como para partir...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Acesso e Apropriação

"Nenhum signo cultural, quando compreendido e dotado de um sentido, permance isolado: torna-se parte da unidade da consciência verbal constituída. " (Bakhtin) Compreender é transformar as informções que esse me apresenta em conhecimento, é estabelecer conexões, é tranformar informações em conhecimento... Todo o espaço com seus objetos é permeado pelas relações humanas. Há duas semanas temos conversado sobre o planeta, suas formas topográficas, rios, continentes, pessoas diferentes, por esses motivos jogamos o jogo “Terra”. Nesse jogo os jogadores têm que viajar pelo Brasil, é interessante para aprender um pouco de geografia. Estava junto com a gente a filha de uma das faxineiras do Abrigo, a princípio ela ficava só olhando e não queria jogar, então, quando já estávamos na segunda rodada, ela queria entrar, mas daí já não dava mais, mesmo assim ela queria dar as peças conforme o jogo ia acontecendo, bom, era um jeito que ela achou para participar.
Por conta dessa onda de Brasil/Japão contei a lenda do Tsuru, enquanto o criávamos com nossas mãos, demostrando que não era um simples dobrar de papel, mas esse dobrar recheado de significações demostrava a circularidade espiralada da vida. Fizemos isso na mesa do refeitório e isso causou uma sensação em algumas crianças, elas queriam demonstrar que sabiam dobrar papel e criar formas com esses, inclusive o garoto "Consegue Sempre se Machucar", esse prestou muita atenção. Novamente, a filha da faxineira também queria participar e pedia a todo instante a minha atenção. E ela chamou a minha atenção para o fato de que existe tanto a necessidade de acesso quanto de apropriação, esses devem ser concomitantes...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

... só que tem que ser aos poucos...

A cidade parecia ainda dormir sob aquela pesada neblina....
... nada se enxergava...
as crianças queriam mais cama, as que não tiveram que acordar cedo pra ir à escola ainda não haviam tomado café, então tive que esperar por elas, e mais um pouco pela adolescente que resolvera ir também à Biblioteca. Hoje era dia deles devolverem os livros e renovar aqueles que não haviam terminado de ler. A Adolescente comentava comigo que o livro de Shakespeare era um pouco chato, mas que ela leria assim mesmo. Bom, esse é um dos objetivos do projeto: fornecer-lhes ferramentas ou auxiliar na construção de repertórios que facilitem o entendimento de outras linguagens como, por exemplo, essa do Shakespeare. "é, mas isso tem que ser aos poucos." - "Exatamente, tem que ser aos poucos... e sempre."
Que delícia! Uma das monitoras que ficara com o livro “A vassoura encantada” dizia sobre a história, então lhe propus se ela poderia contar a história de boca em uma roda para as crianças ao que ela topou! Então para daqui duas semanas teremos essa roda de história com a Tia Monitora!!!!